Qual a diferença entre ações e opções

 

Imagino que você já opera ações no mercado financeiro já deve ter
ouvido falar de opções e contratos futuros.

Provavelmente você ficou curioso, mas hoje vamos descomplicar o
assunto para você.

Primeiro, vamos relembrar o que são ações.
Uma ação representa a propriedade de uma fração de uma
empresa. O acionista tem direito a uma parcela dos ativos e uma
parte do seu lucro equivale ao número de ações que ele tem.
É possível comprar e vender ações de forma privada, mas a
negociação é feita predominantemente em bolsas de valores,
formando a base de carteira de muitos investidores pessoa física.

As transações na Bolsa de Valores seguem as normas do governo,
e o objetivo de todas essas normas é proteger o investidor de
práticas fraudulentas.

O lucro que se alcança com a compra e venda de ações chega a
ser melhor do que outros tipos de investimentos de renda fixa, por
exemplo.

O que são opções sobre ações

Cada contrato de opção representa 100 ações.

Uma opção é um contrato de compra ou venda de uma ação a
determinado preço em uma determinada data futura.
Quando chega a data, você tem o direito de comprar ou vender
aquela ação.

Existem dois tipos de opções, e veremos isso de forma mais
detalhada mais pra frente.

Puts ou opções de venda apostam na queda de uma ação e Calls,
ou opções de compra, apostam em sua alta.
São operações altamente alavancadas, e permitem que o operador
controle muitas ações por uma fração do seu custo.

Contratos futuros

Os contratos futuros são instrumentos derivativos que obrigam as
partes a operar um ativo a um determinado preço e data futura.
O comprador deve comprar e o vendedor deve vender o ativo
independente do atual preço de mercado, na data que expirar.

Os ativos podem ser commodities físicas ou outros instrumentos.
Os contratos futuros são muito mais alavancados que as opções
sobre ações e podem ser extremamente voláteis.

Geralmente quem opera contratos futuros são os operadores de
Day Trade.

Principais diferenças e vantagens

As vantagens das ações são a posse de uma parte da empresa, o
direito de receber dividendos e a possibilidade de votar em
assembleias, como acionista.

As vantagens das opções são sua alavancagem, o que permite que
o operador de varejo opere grandes volumes.

Também é possível assumir posições de risco definidas e ter mais
flexibilidade no operacional. É possível ganhar dinheiro se a ação
subir, se a ação descer, ou se o mercado estiver de forma lateral.

Os contratos futuros são mais líquidos e tem uma alta volatilidade,
que é ideal para quem opera daytrade.

Também oferecem vantagens tributárias nos Estados Unidos, em
que 60% da receita inicial tem tributação fixa de 10%.

Se o objetivo do operador é ter uma renda através do trade, o
mercado futuro é a melhor opção.

As ações são melhores para investimentos de longo prazo, através
da estratégia de buy – and hold.

Opções são melhores para uma estratégia de swing trade, e os
contratos futuros são ideais para quem procura uma renda diária.

Falando mais ainda sobre as opções, podemos falar que as opções
são contratos onde se negocia o direito, por um determinado
período, de comprar ou vender um lote de ações por um preço fixo,
o preço de exercício ou strike.

Elas podem ser usadas para alavancagem, mas também são um
ótimo instrumento para fazer hedge de seus investimentos.
Trata-se de contratos de um dos mercados derivativos.

Muitas pessoas acham esse tipo de investimento complexo, pois o
mercado de opções é um ambiente onde negociam-se direitos de
compra e venda de ações com preços e prazos pré-fixados, mas
não sua obrigação – apenas o direito.

● Quem faz a compra de uma opção sempre será o Titular.
● Já quem faz a venda da opção sempre será o Lançador.
● Eles não negociam o ativo em si no primeiro momento,
mas o Prêmio.
● Esse é um valor monetário que garante o direito sobre a
compra ou venda de um ativo-objeto.
● Ambos precisam combinar um valor de venda ou compra
no momento do contrato, o chamado strike price ou preço
exercido.

Muitos investidores usam esse tipo de negociação para proteger
suas ações contra possíveis perdas devido aos riscos inerentes de
operar na bolsa.

Opção de compra ou call

Vendedor é o lançador e possui a obrigação de vender o
ativo-objeto no preço predeterminado no vencimento acordado,
recebeu um prêmio por ter essa obrigação.

Comprador é o titular e pagou o prêmio adquire a opção de
comprar por um preço combinado, que é o strike em um prazo
combinado pelos dois.

Opção de venda ou put

O vendedor é o titular, pois ele pagou o prêmio para ter o direito,
mas não a obrigação de vender, enquanto o comprador que é o
lançador, tem a obrigação de comprar por um preço combinado,
que é o strike, em um prazo combinado por ambos.

Data de vencimento

É a data da expiração do contrato.

Nesse dia o contrato de opção perde o valor no mercado, virando
“pó”.

Na BM&F, a data ocorre sempre na quarta feira mais próxima do
15o dia de cada mês para opções de índice.
Já no Bovespa, a expiração acontece sempre na 3a sexta feira de
cada mês.

Há duas formas de exercer direito de acordo: durante ou apenas na
data de vencimento.

Na Europa, o exercício pode ser feito somente no vencimento do
prazo do contrato e nos Estados Unidos, o direito pode ser feito a
qualquer momento do lançamento ao vencimento.

No Brasil, a prática mais comum é utilizar a opção americana.
O mercado de opções abre a possibilidade de alocação de um
volume financeiro menor do que os ativos-objeto e também de
alavancagem com o mesmo volume de capital, porém assumindo
um risco maior.

Conhecendo e operando corretamente esse tipo de mercado,
existem poucas desvantagens a considerar.
É preciso cuidado, pois as incertezas políticas e econômicas
também impactam as opções, que são derivativos de uma ação. Só
que no mercado de ações é mais difícil de montar posições.

Já nas opções, há um leque sem limites, atendendo aos mais
diversos objetivos e estratégias.